terça-feira, 3 de maio de 2011

Campanha pelo respeito à sinalização para Pessoas com Deficiência

Qual a medida para a tolerância e o respeito? Se o respeito é o mínimo necessário para convivermos em sociedade, quanto mais o tivermos, melhor para nós e para os outros. Certo? A regra é aquela: você respeita o que é meu (meu espaço, meus direitos, até as minhas ideias) e eu respeito o que é seu. Quanto melhor preservarmos essa relação, mais fácil fica conviver.
Logicamente, a convivência em sociedade depende de muito mais do que uma simples regra com essa. No entanto, quando nem essa relação é possível, fica difícil imaginar se respeito e tolerância são mesmo possíveis.
Um episódio envolvendo uma deficiente física em um estacionamento de supermercado de Curitiba colocou, na ordem do dia, essa questão. Resumidamente: uma mulher estacionou seu carro em uma vaga destinada para deficientes. Uma cadeirante estava no local e observou a cena. Ela quis alertar a motorista, que a ignorou e entrou no supermercado. Ao voltar, a cadeirante ainda estava ali. Ela fez uma nova observação para a motorista que, dessa vez, agrediu verbalmente a deficiente e, por pouco, não a atacou fisicamente. O supermercado não se posicionou a respeito, nem quanto à cliente que estacionou indevidamente, nem sobre o incidente de quase violência no seu estacionamento. A Diretoria de Trânsito de Curitiba foi acionada, mas representantes do órgão só apareceram uma hora depois de todo o incidente.
Se imaginarmos que a história toda acabou sem uma solução, como tantas outras, estaremos equivocados. A indignação da cadeirante ganhou nome e um rosto: Mirella Prosdócimo, empresária curitibana, sócia de uma empresa que presta consultoria para garantir a inclusão de pessoas com deficiência e tetraplégica desde os 17 anos. Mirella arregimentou um apoio que não parou de crescer desde então e resultou no movimento “Esta vaga não é sua nem por um minuto”, que pretende esclarecer questões ligadas à inclusão, levando informações para o público. Um exemplo: as vagas destinadas aos deficientes são maiores do que as vagas comuns para a movimentação de uma cadeira de rodas de dentro para fora do carro. Elas também estão próximas às entradas e saídas dos estabelecimentos para facilitar o deslocamento das pessoas com deficiência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário