Considerando que a inclusão de alunos surdos em sala de aula do ensino
comum seja uma proposta não relacionada somente com as questões da surdez, mas
com questões que envolvem uma diferença
diversificada no sentido de que outros caminhos pedagógicos devam ser
trilhados para que tais alunos constituam-se como sujeitos surdos pertencentes
a uma sociedade, cuja maioria é de ouvintes. Esses aspectos crítico - pedagógicos
que envolvem o ensino de libras para as séries iniciais sempre estarão sujeito
a mudanças. Estas, não ocorrem de modo rápido e também não são de fácil
elaboração, pois os conceitos sobre a educação e língua de sinais, necessitam
serem reformulados e ao mesmo tempo, os novos conceitos que circulam no
interior escolar, devem ser aceitos por todos, na área da educação, sabendo que
conflitarão com aqueles já existentes.
Há muito a ser feito no que diz respeito à educação especial, visto que
as instituições de ensino precisam proporcionar mais recursos linguísticos para
os deficientes auditivos, para que se desenvolvam de forma autônoma,
preparando-lhes para os desafios do cotidiano, mas sobretudo, para que façam a
diferença.Desta forma, será no cotidiano da inclusão escolar, através das
experiências e reflexões das mesmas no processo social, que as propostas
pedagógicas utilizadas para o ensino das crianças com necessidades educacionais
especiais serão elaboradas, adequadas, adaptadas, isto é, planejadas e/ou (re)
planejadas.
Além
disso, a discussão sobre o tema da Lei de Libras é de sumária importância para
a uniformatização de uma sociedade democrática de direito. Destaca-se aqui que
a gestão educacional para resultados eficazes passa pelo ensino e vivência do cotidiano,
deparando-se com o contexto dos professores que buscam sempre dar o melhor para
seus alunos, com a finalidade de melhorar a técnica de ensino, inclusive em sua
prática com Libras, objetivando realizar sua função da melhor maneira, para
melhores resultados com todos os educandos, ouvintes e não ouvintes.
Espera-se
que no futuro as pessoas surdas sejam mais reconhecidas, bem como a atuação
delimitada ao seu contexto, mais efetivadas de maneira global e irrestrita. Que
não fique somente nas legislações, pois foram segregados durante anos em
escolas especializadas, servindo de pano de fundo para a grande discriminação
que assola o país, além de nada acrescentar ao processo de desenvolvimento do
surdo, enquanto pessoa digna e de direitos ou como cidadão que vive e convive
numa sociedade dita ‘democrática’.
Msc. Luciene Martins Tanaka