quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A INCLUSÃO SOCIAL e ESCOLAR do SURDO: Desafios e possibilidades

Considerando que a inclusão de alunos surdos em sala de aula do ensino comum seja uma proposta não relacionada somente com as questões da surdez, mas com questões que envolvem uma diferença diversificada no sentido de que outros caminhos pedagógicos devam ser trilhados para que tais alunos constituam-se como sujeitos surdos pertencentes a uma sociedade, cuja maioria é de ouvintes. Esses aspectos crítico - pedagógicos que envolvem o ensino de libras para as séries iniciais sempre estarão sujeito a mudanças. Estas, não ocorrem de modo rápido e também não são de fácil elaboração, pois os conceitos sobre a educação e língua de sinais, necessitam serem reformulados e ao mesmo tempo, os novos conceitos que circulam no interior escolar, devem ser aceitos por todos, na área da educação, sabendo que conflitarão com aqueles já existentes.
Há muito a ser feito no que diz respeito à educação especial, visto que as instituições de ensino precisam proporcionar mais recursos linguísticos para os deficientes auditivos, para que se desenvolvam de forma autônoma, preparando-lhes para os desafios do cotidiano, mas sobretudo, para que façam a diferença.Desta forma, será no cotidiano da inclusão escolar, através das experiências e reflexões das mesmas no processo social, que as propostas pedagógicas utilizadas para o ensino das crianças com necessidades educacionais especiais serão elaboradas, adequadas, adaptadas, isto é, planejadas e/ou (re) planejadas.
Além disso, a discussão sobre o tema da Lei de Libras é de sumária importância para a uniformatização de uma sociedade democrática de direito. Destaca-se aqui que a gestão educacional para resultados eficazes passa pelo ensino e vivência do cotidiano, deparando-se com o contexto dos professores que buscam sempre dar o melhor para seus alunos, com a finalidade de melhorar a técnica de ensino, inclusive em sua prática com Libras, objetivando realizar sua função da melhor maneira, para melhores resultados com todos os educandos, ouvintes e não ouvintes.
Espera-se que no futuro as pessoas surdas sejam mais reconhecidas, bem como a atuação delimitada ao seu contexto, mais efetivadas de maneira global e irrestrita. Que não fique somente nas legislações, pois foram segregados durante anos em escolas especializadas, servindo de pano de fundo para a grande discriminação que assola o país, além de nada acrescentar ao processo de desenvolvimento do surdo, enquanto pessoa digna e de direitos ou como cidadão que vive e convive numa sociedade dita ‘democrática’.
Msc. Luciene Martins Tanaka